Câncer de mama

O câncer de mama é o tumor maligno mais comum entre as mulheres no mundo e no brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Corresponde cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Em países em desenvolvimento é a principal causa de morte relacionada ao câncer, e a segunda nas regiões desenvolvidas.1

O risco de desenvolver câncer de mama em algum momento da vida é de aproximadamente 12.8% com base nos dados americanos de 2014-2016.2 A idade é um dos fatores mais importantes, pois cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos. Outros fatores como obesidade e sobrepeso, consumo de bebida alcoólica, sedentarismo, primeira menstruação antes dos 12 anos, menopausa após os 55 anos e histórico familiar são fatores associados ao risco de desenvolver a doença. Medidas de prevenção são importantes, pois cerca de 30% dos casos de câncer podem ser evitados quando adotamos hábitos de vida saudáveis como: praticar atividade física, alimentar-se de forma saudável, evitar consumo de bebidas alcoólicas e amamentar.3,4

Quando rastrear?

População de risco usual
Mulheres entre 40 e 74 anos5*

*a partir de 75 anos manter o rastreamento para aquelas mulheres que tenham expectativa de vida maior que 7 anos.

Como rastrear?

Mamografia com intervalo anual5

População de alto risco familiar

O câncer de mama hereditário corresponde a cerca de 5% a 10% dos casos. São causados por mutações germinativas de genes de predisposição hereditária. A suspeita que certa família ou indivíduo apresenta mutação pode ser estimado a partir de características individuais e da história familiar.1,5,6

São consideradas pacientes de alto risco familiar: pacientes com história de familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau [ mãe/pai/irmão(ã)/filho(a)] com menos de 50 anos, parente com câncer de ovário, câncer de mama em homem e mutação conhecida na família. Pacientes com história pessoal de câncer de mama com menos de 35 anos, subtipo do câncer triplo negativo (<60 anos), combinação de câncer de mama com 1 ou mais dos seguintes: câncer de ovário, tireoide, endométrio, gástrico difuso, cerebral, sarcoma entre outros.1,6

Os principais genes acometidos são o BRCA1 e BRCA2, acometem cerca de 50% das mutações associadas a câncer de mama hereditário. Atualmente medidas de prevenção primária (evita o surgimento do câncer) e secundária (detecta precocemente) são responsáveis por reduzir a morbidade e mortalidade nesse grupo de pacientes.6

Como e quando rastrear?

Seguimento clínico a cada 6 a 12 meses

Ressonância Nuclear Magnética das mamas início aos 25 anos, associado a mamografia digital a partir dos 30 anos, com intervalo anual.5,6

Outros genes podem estar associado a síndromes hereditárias, e predisposição a outrso tipos de câncer, recomenda-se avaliação com médico especialista para conduta individualizada.

Referências:

  1. Borges A.K.M., Schilithz A.O.C., Lima F.C.S., et al. Estimativa 2018: incidência de câncer no Brasil – Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. – Rio de Janeiro: INCA, 2017.
  2. Bray F; Ferlay J, Soerjomataram I et al. Global Cancer Statistics 2018: GLOBOCAN Estimates of Incidence and Mortality Worldwide for 36 Cancers in 185 Countries Ca Cancer J Clin 2018;0:1–31
  3. Instituto Nacional de Câncer- Câncer de mama. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama, acesso em: 12 de maio de 2019
  4. Therese B. Bevers, Mark Helvie, et al. NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology NCCN- Breast Cancer Screening and Diagnosis, 2018 Disponível em: https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/breast-screening.pdf, acesso em 12 de maio de 2019
  5. Urban LABD, Chala LF, Bauab SP, Schaefer MB, Santos RP, Maranhão NMA, Kefalas AL, Kalaf JM, Ferreira CAP, Canella EO, Peixoto JE, Amorim HLE, Camargo Junior HSA. Recomendações do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, da Sociedade Brasileira de Mastologia e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia para o rastreamento do câncer de mama. Radiol Bras. 2017 Jul/Ago;50(4):244–249.
  6. Mary B. Daly, Robert Pilarski et al. NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology NCCN- Familial High-Risk Assessment: Breast and Ovarian Disponível em: https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/genetics_screening.pdf, acesso em 12 de maio de 2019

Tyrol Business Center - Av. Rodrigues Alves,
800 - Sala 312 - Tirol, Natal - RN

Contato